A Máquina
Dentro de mim
Nasce a rosa metálica e pagã,
Indiferente e alucinada
Na urgente primavera dos mortos.
Cresce a rosa apática sem afã
Covarde e distraída
Na tarde sem cor dos meus olhos
Parte a rosa arcaica e vã
Invisível e esquecida
Para a aldeia dos homens de sonhos roubados.
A rosa paralítica e seu perfume solitário
Ferrugem nos nervos, espinhos nascidos pra dentro
Beleza feita de sono, regada a chumbo
Inquieta e indizível... Ofendida.
O que pode esconder o túmulo delicado das rosas?
Ronald Freitas
Maio/2008
sábado, 17 de maio de 2008
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